Pela instituição

Moraes é pressionado por ministros do STF a reverter prisão domiciliar de Bolsonaro

A escolha de Moraes tem gerado intensas discussões e desconforto entre seus pares na Corte.

A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, repercutiu bastidores durante a manhã desta quarta-feira (6) da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de manter a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A escolha do magistrado tem gerado intensas discussões e desconforto entre seus pares na Corte. A principal razão para o descontentamento é que a decisão foi tomada sem prévia comunicação aos demais ministros, o que é considerado uma falha de procedimento usual.

Segundo a jornalista, esta situação coloca os outros ministros do Supremo em uma posição delicada, pois, apesar de não serem “batedores de carimbo”, a decisão de Moraes, enquanto relator da ação penal, precisa ser confirmada pela Primeira Turma do STF.

Existe uma expectativa grande de que a decisão seja mantida, devido ao cenário político e social atual, extremamente conturbado e marcado por ameaças, especialmente direcionadas a Moraes. A decisão do ministro de manter Bolsonaro em prisão domiciliar foi “mal recebida” pelos outros dez ministros.

Avaliação do setor

Muitos juristas argumentam que qualquer outra pessoa acusada de ameaçar magistrados e desqualificar o judiciário, como tem sido o caso da família Bolsonaro, já estaria em uma prisão comum. No entanto, a gravidade das acusações, que incluem o apoio de uma potência estrangeira, parece ter levado a uma decisão mais cautelosa.

Esta medida, entretanto, reverteu um quadro anterior que era favorável ao STF, que vinha recebendo amplo apoio da população e de setores políticos e empresariais. A pressão interna sobre Moraes cresceu, e há indicações de que ele está irritado com os vazamentos dessa pressão, o que sugere que ele não pretende reverter a decisão.

A situação jurídica de Bolsonaro, que tem julgamento marcado para setembro ou início de outubro, onde é provável que seja condenado, também complica o cenário. Muitos acreditam que a prisão um mês antes do julgamento pode não ter sido a decisão mais acertada, especialmente considerando que Bolsonaro respeitou a prisão domiciliar, ainda que não tivesse muitas alternativas.

 

 

*Texto gerado por inteligência artificial e revisado pela redação de Band.com.br.

 

 

Reproduzido do site band.uol.com.br